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quinta-feira, 21 de março de 2013

Amarelinho

Eu sou um monstro, um monstro amarelinho. Eu sou uma gosminha que vai te fazer sofrer. Que vai te fazer chorar.
– Olá para todos! Eu sou o pús na ferida de Jack e, gostaria de lhes contar uma história; enquanto Jack agoniza no porão desta casa vitoriana abandonada nos cafundós deste pântano maldito. A história de Jack tem tudo a ver comigo, pois, sou conseqüência de uma infecção bacteriana por ferimento infligido nele. Sou leucócitos, glóbulos brancos, plasma, bactérias e proteínas. Tuuudo em processo de degeneração kkkkkkkkk.

Pelo que as bactérias fofoqueiras dos outros cadáveres me contaram; no início, era um dia lindo! Teve até, uma bactéria retardada que me disse que o dia; era um dia Bruce Lindo!

O sol nascia timidamente iluminando um céu abençoado. Dia azul infinito com ar puro repleto de oxigênio. Os dois ônibus que iam em direção ao pântano e seus charcos continham jovens pesquisadoras e pesquisadores, professores de idade, acompanhantes e claro; dois motoristas. Um ônibus era o da Biologia, outro, da turma de História. Os veículos cruzaram vales profundos, onde o sol só aparecia ao meio dia; mas também acompanharam campos plenamente iluminados. Em algumas pradarias, abundava o trigo em outros, gira-sóis. Estradas de areia prata, estradas de areia ouro. Moebius, gigante tracejado a nanquim, testemunhava tudo pensativamente como um Deus.

No fim deste dia, à tarde, chegaram às proximidades do grande pântano, mas resolveram acampar longe dele, por causa da estrada que levava a cidadezinha próxima quinze quilômetros onde tinha cerveja; por causa também, dos predadores noturnos e mosquitos hematófagos para no dia seguinte, fresquinhos e intactos iniciarem suas pesquisas; formularem suas perguntas coletarem seus dados, kkkkkkk.

Depois que a noite veio, notaram que ao seu redor; fogos desvairados ardiam intensamente dentro de ravinas e também em grandes faixas de terra drenada ao redor deste pântano onde nasci. Os fazendeiros locais combatiam o avanço pantaneiro de todas as formas que podiam e isto deixava os estudantes e professores indignados. Ecologicamente incorreto era o que diziam e, chamavam à boca pequena os agricultores de selvagens cruéis e degenerados naquele acampamento sofisticado e confortável.

As barracas de camping, sob a luz da lua cheia e de fogueiras controladas, espalhavam-se a seu bel prazer sobre um pequeno platô que havia acabado de ser limpo, pelo motorista Blob o gordo; com uma foice encontrada por lá mesmo. Ali, naquele local, um fino braço de pântano terminava. E por causa deste braço verde e lamacento, através de raízes e folhas umas ligadas às outras; uma mensagem foi enviada. Desta maneira, Menon espírito demoníaco migrador maldito. Negado e arenegado, despertou nas profundezas frias e escuras do lodaçal. Ficou sabendo de tudo o que se há para saber, novamente e de novo. Cheio de fúria, ira, alegria assassina e desejo; dirigiu-se para eles. Iria recepcionar seus novos hóspedes, introduzindo-os em seus salões úmidos e instáveis. Uma festa de arromba.

Jambalaio, segundo motorista e faz tudo desta excurção; na extremidade mais isolada do platozinho; cravava postes no chão, para fazer uma improvisada mesa de camping, usando uma marreta de vinte quilos, que havia trazido junto com outros equipamentos. Havia encontrado tábuas e postes em quantidade suficiente, por que não fazer uma improvisada mesa grande; para que todos se reunissem e comecem à vontade? Apesar de curto de idéias, Jambalaio era forte como um touro e, fiel aos seus patrões da universidade como um cão.

Menon, chegando ao braço de pântano na forma de uma névoa suja, negra e espessa, abateu-se imediatamente sobre o grande negro Jambalaio; intoxicando-o corrompendo sua mente e, apagando seu livre arbítrio. O negro tentou por alguns segundos resistir; lutando com a boca aberta, dando em vão marretadas pelo ar tentando atingir Menon que, quando ao ar livre, é vulnerável e pode morrer. Só vive pelo tempo de cinco fôlegos; já dentro de um corpo pode existir anos a fio. Por isto; a luta foi breve e, o domínio sobre Jamba completo. Menon meteu-se pra dentro dele; pela pele, pelos olhos e goela abaixo, fazendo o gigante gentil urinar-se todo.

Uma fogueira amiga, feita de carvão artificial ardia no centro do acampamento. Professores velhos amigos, cantavam musicas medievais ao som de um violão afinado. Estudantes, alguns perto dos mestres, outros abraçados uns aos outros; escutavam bebendo licores, cervejas e destilados em silêncio. Professor Teobaldo de História, usando bermudas e descalço cantava divinamente numa voz profunda, canções de escravos:

– Milho Verde... Milho Verde...
Ah, Milho Verde Miudinho...
Ah, Milho Verde Folha Larga!
Monadeiras do Meu Milho... Ah, Monadeiras do meu Milho...
Ah, Amonai o Meu Milho.
Não Olhai Para o Caminho... Ah, Não Olhai Para o Caminho...
Ah, Que a Merenda Já Lá Vém!
Milho Verde... Milho Verde... Ah, Milho Verde Miudinho...
Eu Namorei um Rapazinho...
Milho Verde... Milho Verde...
Ah, A Sombra do Milho Verde... Eu Namorei Uma Casada.
Não Olhai Para o Caminho... Ah, Não Olhai Para o Caminho...
Ah, Que a Merenda Já Lá Vém...
Assombrado Milho Verde...
Ah, Assombrado Milho Verde eu Namorei Uma Cachopa.
Não Olhais Para o Caminho... Ah, Não Olhais Para o Caminho...
Ah, Milho Verde Maçaroca.

Foi quando da escuridão, surgiu Jambalaio e possesso atingiu a fogueira com uma marretada terrível. Brasas e fagulhas espalharam-se para todos os lados. As pessoas cobriram as vistas, algumas tinham brasas vivas grudadas na pele e, foi aí que Jamba iniciou sua ciranda e Menon sua colheita.

Com um sorriso rasgado no rosto, Menon falou de dentro do Jambalaio:

– Pleased to meet you! Hope you guess my name! – E esmagou o pé esquerdo de Teobaldo com a marreta. O berro de dor deixou todos paralisados. Sangue espirrou na fogueira e ela chiou. Jamba ergueu novamente a marreta de vinte quilos e atingiu o ombro direito do professor que, afundou pra dentro dos pulmões. Um jorro de sangue saiu da boca de Teo encharcando o rosto e os cabelos loiros de Silene sua esposa, que estava a seu lado. Silene não teve tempo de gritar; tão engasgada que estava com o sangue do marido, quando a marreta afundou seu crânio fazendo aqueles lindos olhos azuis saltarem para fora. Markus pesquisador de biologia e jogador do time de basquete da faculdade; precipitou-se na direção de Menon com intenção de derrubá-lo, mas Menon foi mais ligeiro e, com um movimento amplo de baixo para cima atingiu o queixo do Jogador em cheio arrancando a cabeça dele fora. Sangue jorrou vermelho; pra mais de três metros de altura.

Blob, o motorista gordo dormitava tranquilamente embaixo de um dos ônibus da faculdade num saco de dormir extragrande, quando foi despertado pelos gritos de medo e dor. De longe, via contra o fogo a sombra de Jambalaio urrando segurando bem alto uma marreta. Pegou a foice que usara para desbastar o local do acampamento. Segurando a foice do jeito que um soldado segura um fuzil ao arrastar-se pelo chão e, como um verme branco e gordo Blob foi aproximando-se sorrateiramente de Menon, que para ele era Jambalaio aquele preto cagueta e bajulador da diretoria. Quando chegou perto o suficiente, atacou Menon pelas costas atingindo as pernas decepando a da direita logo na altura do joelho.
Jambalaio foi ao chão como uma jaca podre, encharcando o solo com seu sangue. Blob afastou se do negro caído e olhou ao redor. Suas bochechas gordas tremeram pálidas. Com os olhos cheios de água viu três corpos trucidados. Teobaldo, Silene e Markus.

– Jamba! Seu preto fila da puta! O que você fez com este povo seu maldito? Seu maldito! Malditoooooo! – E num átimo de fúria, cravou a foice no bucho de Jambalaio e puxou espalhando os intestinos daquele corpo assassino, mas, ferindo Menon que guinchou como um porco e depois sorriu. Menon pegou a perna decepada de Jambalaio e atirou em Blob que desnorteado ajoelhou-se. Menon arrastou-se na direção de Blob e puxando-o pela camisa, ficou cara a cara com o gordo. Seus olhos, abismos sem luz, engoliram a alma de Blob e assim, Menon transmitiu-se para seu novo hospedeiro.
Com os olhos vazios, vidrados e um sorriso boçal no rosto suado, Blob foi em direção a uma grande barraca onde do lado de fora se podia ver a silhueta de quatro estudantes. “Eles acham que estão escondidos” – pensou Menon.

Do lado de dentro da barraca, Alexia, Brenda, Julia e Tulius estavam apavorados.
Alexia num sussurro diz:

– Isto não está acontecendo. Isto não tá acontecendo. Eu quero ir pra casa.

Quando do seu peito, brota a lâmina enferrujada da foice e ela é erguida no ar e arrastada para a escuridão lá fora. Após um minuto de hesitação; Tulius agarra Brenda e Julia pelas mãos e deixa a barraca, correndo na direção oposta quando é violentamente atingido na cabeça pela cabeça de Alexia atirada por Blob, indo ao chão com as duas meninas. E lá vem Menon, babando no corpo de Blob; galopando com as banhas a sacudir-se como gelatina, suado coberto de sangue a rir loucamente de foice na mão.

Tulius ergue as mãos pedindo piedade, só para ter a mão esquerda dividida até a altura do cotovelo por um golpe da foice. Menon, depois atinge Tulius na virilha puxando a foice para cima; fazendo os testículos do jovem voar pelos ares. Julia desmaia, sendo pisoteada na garganta por Menon que ao mesmo tempo; parte Brenda em dois com um golpe brutal da foice enferrujada. Menon, num júbilo furioso ergue os braços gordos e flácidos contra o céu estrelado e, grita para o altíssimo:

– Você está vendooooooo? Está vendooooo? Sacou agoraaaaaa? Canalha! Eu vou detonar todos eles! Faça alguma coisaaaaa bastardo! Faça alguma co...

Quando é abatido por Jürgen com um golpe diagonal de katana que expôs os ossos brancos da coluna cervical de Blob. Jürgen, professor de filosofia estava na excursão acompanhando sua noiva Brenda. Nunca se separava do seu sabre oriental quando ia para selvas e pântanos. Cheio de raiva e sentimento de perda segurava a parte superior de Brenda e chorava quando foi invadido por Menon.

Menon abriu um sorriso angelical no rosto de Jürgen e, como um bom pastor chamou todos os sobreviventes aos gritos dizendo:

– Para o pântano! Corram para o pântano, por tudo que é mais sagrado! Lá podemos nos esconder! Vamos! Corram! Pelo amor de Deus! Vamos logo amigos!

E todos correram para o pântano achando que lá teriam mais chance de salvar suas vidas. Kkkkkkkk!
Os dois últimos a correrem para as matas sombrias do pântano foram os gêmeos da biologia Leo e Bia. Jürgen os deteve.

– Garotos, esperem por mim. Venham cá, acho que estou ferido.

Os dois irmão trêmulos olharam para Jürgen com suspeita.
– Você está estranho filósofo. – declarou Leo.
– Seus olhos estão grandes, dilatados e escuros – Arrematou Bia.
– Por tudo que é mais sagrado, venham cá e me amparem! Eu acabei de matar Blob e perdi Brenda.

Os dois gêmeos olharam um para o outro e foram afastando-se de Menon.

– Eu não sei o que você é maldito – diz Leo.
– Mas Jürgen é que não é! – completa Bia.
– Jürgen era nosso amigo filósofo, seu monstro – choraminga Leo.
– E Jürgen era ateu até a medula – finaliza Bia, quando a katana arremessada por Menon atinge Leo bem no meio dos olhos.

Urrando de terror, Bia olha para o irmão abatido afundado no capim alto e fino dos arredores do pântano. Sem parar pra refletir, ela pisa na cabeça dele removendo a katana e segurando-a com ambas as mãos; parte para cima de Jürgen silenciosamente. Percebendo a morte iminente, Menon dá um sorriso satânico, abre os braços e entrega o corpo de Jürgen para o abate. Bia será uma hospedeira muito melhor.

Jürgen abre os olhos e olha para o céu. Estrelas e planetas. Azuis e amarelos, brilhantes.
Vê um cometa a noite estrelada atravessar e pensa:

“Se você cometa fosse um anjo e, se eu acreditasse em anjos; pediria a ti que me levasse contigo. Iria a qualquer outro lugar que, não fosse este mundo de dor e sofrimento sem fim. Estou destroçado”.

Pairando na periferia de sua visão vê o rosto de Bia e lhe estende a mão.
– Bia... Bia?

Bia chora copiosamente, agora os olhos de Jürgen estão claros.
– Jürgen? É você professor? Ah... O que foi que você fez? O que foi que eu fiz?
– Fuja Bia, fuja! Vá para a cidade. Corra para a rodoviaaaaargh!

Bia, agora com os olhos negros e sem luz; crava e torce a katana no estômago de Jürgen.

– Deixa comigo professor que eu sei para onde ir e o que fazer. As delícias do pântano me aguardam.

Lá bem no fundo do pântano, um grupo de seis pesquisadores, vislumbra pela neblina um casarão vitoriano de aparência abandonada. Abrigo, comida, segurança pensam eles. Armadilha, vermes, terror digo eu.

– Vamos ver o que existe lá dentro Jack? – Pergunta Lorena aflita.
Jack, biólogo, pensativo segura um machado de cabo curto na mão direita e diz:
– Que opção temos? Estamos perdidos com fome, frio e sede. A água deste pântano é salobra e intragável.
– Vamos seguir em frente mais um pouco – afirma Adam.
– Mas querido... – Suplica Martha – Já perdemos quatro companheiros para os crocodilos! Descansemos um pouco; quando o dia nascer orientamo-nos pelo sol e saímos deste inferno.
– Se esta neblina persistir; assim como não conseguimos ver estrelas; também não veremos o sol. – Constata o matemático Bruce.
– Ah Bruce, você tem de ser sempre tão racional? Pelamordedeus! Estamos desesperados, precisamos acreditar que veremos o sol novamente! – Repreende Hannah a historiadora empunhando uma faca de combate.

Jack, Lorena, Adam, Martha, Bruce e Hannah não sabem, mas, são os últimos sobreviventes. O pântano está repleto de cadáveres arregaçados e torturados se não por Menon; então por seus bichos. Crocodilos, serpentes, sanguessugas, vermes dentuços e aranhas gigantescas.
Jack dá o primeiro passo e adentra o terreno pertencente aquela área degradada, onde miasmas esverdeados e fogos-fátuos perturbavam a escuridão. A morada de Menon.
Algumas horas depois, Menon no corpo de um imenso crocodilo, aflora à superfície da lagoa de água estagnada nos fundos de sua mansão horrorosa. O réptil começa a se contorcer com dores explodindo em pedaços vermelhos e gordurosos; junto com bile esverdeada. É Menon saindo dele; expandindo-se de dentro para fora na forma de imunda névoa negra.

Esta névoa gargalha:
– Muhuahuahuahuahua! Show Time!

Lá dentro Jack gesticula freneticamente aos companheiros. Corram. Escondam-se. À seus postos. Preparem-se.

A batalha final está para ser travada. It’s The Final Countdown.

A porta da frente do casarão está barricada, as janelas do térreo idem. Todos estão escondidos. Um baque surdo nesta porta diz, que um grande corpo do lado de fora está tentando arromba-la. Pump! Pump! Krackpump! Krackpump! Sssssssssss! E a porta vem abaixo com barricada e tudo. O que cruza o umbral da porta é uma cobra de proporções extraordinárias. Uma constritora. No andar de cima, Lorena corta a corda de um candelabro no momento que a serpente está sob ele. O candelabro pesado de metal e cristal atinge o meio do corpo da criatura. Neste momento Jack e Hannah saltam sobre a cobra. Jack afunda o machado várias e várias vezes no corpo da cobra. Hannah esfaqueia o réptil nos olhos e corta sua língua bifurcada. Jack dando um grito primal, se aproxima correndo sobre o corpo da cobra e dá uma machadada na cabeça da bicha, espalhando os miolos da cobra pelo assoalho de madeira.
Meia hora depois, eles estão assando pedaços da serpente na grande lareira no salão de festas do casarão. Na adega, acharam barris de vinho escuro e saboroso. Até um poço de água limpa nos recessos da grande cozinha foi encontrado. Bebiam vinho diluído em água pura e comiam carne assada de cobra.

Jack estava silencioso. Refletia profundamente. De repente Jack diz:

– Foi muito fácil.
– É – admite Bruce – Foi realmente muito fácil.
– Aquela coisa estava em Jambalaio, pois Jamba nunca faria mal a ninguém. – explicou Martha.
– E parece que depois pulou para Blob – Emendou Adam.
– Se a coisa estava na serpente e nós a matamos... – diz Hannah.
– Quer dizer que agora, ela pode estar em um de nós... – conclui Lorena.
– Onde está minha faca de combate? – diz Hannah.

Todos se olham desconfiados agora, como se fossem completos desconhecidos. Neste momento, Bruce começa a rir e soluçar tapando a face com as mãos. Martha se aproxima dele e numa tentativa de acalmar a todos diz:
– Devagar com o andor. Ele passou por tudo isto conosco. Está tendo apenas um colapso nervoso e...
Bruce levou as mão rapidamente às costas, fazendo aparecer à faca de Hannah e estocou-a com firmeza, fundo até o cabo; no pescoço de Martha que caiu pra trás. Jack no susto levantou-se e cravou o machado no rosto de Bruce entre o nariz e o lábio superior; sendo esfaqueado violentamente na perna.

– Não o matem, implorou Hannah, temos de prendê-lo em um corpo. Mas já era tarde demais.

A névoa negra emergiu do corpo quase sem vida do matemático Bruce e erguendo-o do chão vinte centímetros; permitiu que todos vissem sua alma ser extraída e consumida pela sujidade que é Menon. Em rodopios enlouquecidos o anjo negro criou um pequeno ciclone em cujo olho se encontravam Jack, Hannah, Adam e Lorena. Uma lufada de vento invadiu a casa apagando o fogo da lareira e mergulhando tudo em trevas. Foi no meio desta bagaceira, que Jack escapou e, subindo para os andares superiores do casarão encontrou um sótão camuflado, escondido.

Eu estou com Jack aqui em cima faz três dias. Jack não sabe, mas Menon também está a três dias no aposento bem abaixo de Jack. Imóvel, de faca na mão sem piscar os olhos negros, sem dormir, sem comer, nem falar. Urina e defeca imóvel usando o corpo de Lorena. Só faz esperar. Quer Jack bem fraco, com sede, fome, frio e febre; para depois despejar todo seu amor sobre ele.

Bom pessoal, já vou indo, que tá quase na hora de morrer. Eu sou um monstro, um monstro amarelinho. Eu sou uma gosminha que vai te fazer sofrer. Que vai te fazer chorar. Eu sou o pús na ferida de Jack.

Bye, bye! Bjim! Kkkkkkkkkkk!



Fim




PS:
“Ah, esqueci de falar algo que lhes pode ser útil um dia. Menon pode também ser transmitido por palavras; portanto não leia este texto em hipótese alguma ok?”

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